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História dos Santos
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23/03/2016
SANTOS DO DIA - 23 DE MARÇO
Santa Rafqa (Rebeca) Ar-Rayès, Virgem e religiosa e São Turíbio de Mongrovejo



Santa Rafqa (Rebeca) Ar-Rayès, Virgem e religiosa de rito Maronita.

 
 
Rafqa Pietra Choboq Ar-Rayès (Em árabe: رفقا بطرسيّة شبق ألريّس) nasceu aos 29 de junho de 1832 na cidade de Himlaya, distante uns 30 km de Beirute, capital do Líbano e faleceu aos 23 de março de 1914 no Mosteiro de São José em Jrabta (na região do Monte Líbano) e distante aproximadamente 54 km de Beirute. Também conhecida como Santa Rafka, é uma santa católica maronita libanesa canonizada pelo Papa João Paulo II em 10 de junho de 2001.
 
Infância e Juventude
 
Nascida no dia de São Pedro e São Paulo, foi batizada aos 07 de julho de 1832, tendo recebido o nome de "Boutroussieh", cuja tradução aproximada seria "Petra" ou "Petrina" (feminino de Pedro). Era filha única do casal Mourad Saber al-Choboq al-Rayès e de Rafqa Gemayel. Sua mãe, faleceu em 1839, quando ela tinha apenas 6 anos de idade. Seu pai, em situação de penúria, mandou-a para Damasco, na Síria, em 1843, para servir como empregada doméstica na casa de uma família amiga, os El Badawi, de origem libanesa. Quando voltou para ao Líbano, em 1847, Boutroussieh já tinha 14 anos de idade, e seu pai havia voltado a casar-se.
Considerada bonita, de boa índole, humilde e piedosa, sua família procurou arranjar-lhe um casamento, tendo recebido duas propostas: uma de sua tia materna, para que se casara com seu filho, primo de Boutroussieh; e outra de sua madrasta, para que se casara com seu irmão, cunhado de seu pai. O conflito entre as duas mulheres foi franco e aberto. No entanto, Boutroussieh já havia feito sua escolha: queria abraçar a vida religiosa.
 
 
Vida Religiosa
 
Ajudada pelo padre Joseph Gemayel, Rafqa entrou como aspirante na "Congregação das Filhas de Maria da Imaculada Conceição" (em francês Mariamettes) em 1º de janeiro de 1853, aos 21 anos, na cidade de Bikfaya. Em 09 de fevereiro de 1855, festa de São Marun, iniciou o seu noviciado na cidade de Ghazir, quando escolheu o nome religioso de Anissa (Inês em árabe). Fez seu primeiros votos no ano seguinte, em 1856, e aos 19 de junho de 1862 fez seus votos perpétuos. Como monja foi enviada para o recém fundado seminário jesuíta, também em Ghazir, onde serviu como cozinheira. Seguiu então para Deir el Qamar, onde os conflitos entre cristãos e druzos eram abertos e lá ficou por um ano. No ano seguinte ensinou em Jbeil (a antiga Byblos) e depois passou sente anos seguidos (1864-1871) no povoado de Ma'ad (também na região de Jbeil - Biblos) dando aulas de instrução cristã à população.
No entanto, a "Congregação das Filhas de Maria da Imaculada Conceição" dissolveu-se em 1871. Apesar da insistência do chefe local, Antoun Issa, que ela ficasse em Ma'ad, Rafqa decidiu ingressar na Ordem Baladita (que, junto à Ordem dos Alepianos e à Ordem dos Antoninos, forma a tríade das três mais importantes ordens monásticas do Líbano). Foi inicialmente para o mosteiro de São Simão de Al-Qarn; em 12 de julho de 1871 iniciou novamente o seu noviciado. Professou novamente seu votos perpétuos em 25 de agosto de 1873 mas, desta vez, escolheu para nome religioso o nome de sua mãe, Rafqa ("Rebeca" em árabe) e ficou no mosteiro até 1897.
 
 
Sofrimentos e Fé
 
Em 1885, Rafqa foi acometida de sérias dores de cabeça. Acompanhada por uma irmã a Trípoli, foi ao médico, onde constatou-se um grave dano ao nervo óptico. Depois de jorrar pus por mais de um mês, foi perdendo progressivamente a visão: primeiro o olho esquerdo, depois o direito, até que ambos começaram a sangrar.
Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.
Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas, Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã. Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa
 
 
Momentos Finais
Completamente cega, com uma paralisação progressiva dos membros a partir de 1907, Rafqa esperou humildemente sua morte. Três dias antes de falecer, disse: "Eu não tenho medo da morte que tanto esperei. Deus me fará viver através de minha morte". Aos 23 de março de 1914, log após receber a Unção dos Enfermos e a Eucaristia, Rafqa entregou sua alma a Deus. Tinha então 82 anos.
 
 
Beatificação e Canonização
 
Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas.Os prodígios e milagres foram se acumulando.
Em 09 de junho de 1984, Vigília de Pentecostes, na presença de Sua Santidade, o Papa João Paulo II, foi aprovado oum decreto tendo em vista o milagre relativo a Elizabeth Ennakl, que foi completamente curada de um câncer uterino após visitar o túmulo de Rafqa, ainda no ano de 1938.
Em 16 de novembro de 1985 o mesmo Papa João Paulo II beatificou-a e em 10 de junho de 2001, canonizou-a na Praça de São Pedro, em Roma.
 
Oração da Santa Rafqa:
Ó Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, Tu gravaste a imagem de Tua Paixão na vida Santa Rafqa (Rebeca) fazendo dela mestra e operária orando e compartilhando Contigo o Mistério da Redenção. Aqui estamos, humildemente diante de Ti, orando e pedindo a intercessão de Santa Rafqa (Rebeca) para que as crianças sejam abençoadas, os doentes recebam a graça da cura e os que sofrem, a alegria e a felicidade e para que aqueles que oram nas Igrejas e Mosteiros tenham seus pedidos atendidos. (pedir a graça)

E assim como Tu honraste Rafqa (Rebeca) com a visão da Tua Luz Celestial, permita-nos viver como Rafqa (Rebeca) viveu durante toda sua vida na Fé, na Esperança e na Caridade, a fim de que com ela, com a Virgem Maria e todos os Santos, Te glorifiquemos e agradeçamos até o fim dos tempos. Amém.

 

São Turíbio de Mongrovejo 
 
 
 
 
Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas, jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII, atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por Turíbio.
O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é, ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo Ambrósio.
 
 
 
Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores.
Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia, Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios.
Quando enviou um relatório ao rei Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres.
Turíbio fundou o primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas, inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru", para ser celebrado no dia do seu trânsito.
 

 

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Fidélis, Domício 
 

 




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