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Santo Padre Pio
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22/01/2009
Santo Padre Pio de Pietrelcina I
Os refúgios do Padre Pio



Ordenação Sacerdotal.

 Todavia, continuou seu itinerário teológico, e no dia 10 de agosto de 1910, padre Pio é ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, Itália. Na tarde daquele dia, escreve esta oração:  "Oh! Jesus, meu suspiro e minha vida, te peço que faças de mim um sacerdote santo e uma vitima perfeita".

 Ao finalizar a Santa Missa, sua mãe e seus irmãos se aproximaram para receber sua primeira benção. Sua mãe não podia conter suas lágrimas, tanto da emoção como da dor de pensar na ausência de seu esposo, cujo sacrifício havia feito possível a ordenação de seu filho. Como era costume, o novo padre celebraria sua primeira missa na Igreja de seu povoado, na Igreja Sant’Anna. Na mesma Igreja na qual há 23 anos antes havia sido batizado, e onde havia recebido a primeira Comunhão e o Sacramento da Confirmação.

 Foi iniciada uma etapa decisiva em sua vida porque, naquele momento, começou o que podemos chamar, sem exagero, “o mistério da Missa de Padre Pio”: mistério que poucos conheceram e pouquíssimos participaram naquele primeiro momento. O padre dizia a seus filhos espirituais "Se vocês desejam assistir a Sagrada Missa com devoção e obter frutos, pensem na Mãe Dolorosa ao pé do Calvário.

 Enquanto isso, mais uma vez, a vida de Padre Pio continuou se desenvolvendo, por aproximadamente seis anos, naquele esconderijo de Pietrelcina, com breves interrupções, na tentativa de reintegrá-lo em algum convento. Sem aprofundamento, para aproximarmos melhor ao mistério daquela Missa, no mesmo ano da ordenação, em 1910, Padre Pio se ofereceu “vítima pelos pecadores e pelas pobres almas do purgatório”. Poucos sabem o imenso valor e o grande risco que envolve a oferta da vítima. Nós fomos preservados do sacrifício de Cristo, a quem todos devemos dar nossa contribuição com oferta pessoal. Mas quem se oferece como vítima, aceita verdadeiramente participar de tal sacrifício de modo heróico e freqüentemente paga a sua generosidade com grande sofrimento para os quais não existe nenhum remédio humano.

 Os refúgios do Padre Pio em Pietrelcina.

 Pode-se dizer que em Pietrelcina, no trecho de sua casa, havia três centros entre os quais dividia seu tempo. O primeiro centro era a pequena Igreja de Santa Anna. Era neste lugar que celebrava a Missa, que poderia durar quatro horas. Foi o primeiro e principal lugar freqüentado por Padre Pio, que aos poucos começamos a compreender. À Missa de Padre Pio, todos corriam para poderem assisti-la; ela não era semelhante a nenhuma outra Missa; diferente de todas. Dom Giuseppe Orlando, alguém que sempre voltava lá, já preso ao lugar, disse poucas palavras: “A sua Santa Missa é um mistério incompreensível”. À luz daquilo que é dado como verdade, podemos afirmar que com a sua ordenação sacerdotal, a Missa de Padre Pio era verdadeiramente um reviver da Paixão de Cristo.

 O Segundo é na direção da Ladeira Castello. Lá havia uma velha “pequena torre”. Ela poderia testemunhar a solicitude orante daquele homem: muita oração, muita união com seu Senhor.

 O Terceiro é um olmo (tipo de árvore) no alto da colina de Piana Romana, um pouco distante da casa dos Forgione. Lá, o pequeno Francesco já se refugiava para rezar e estudar quando era pequeno, à sombra daquela árvore. Neste local o sacerdote também passava longas horas de oração, de meditação da Paixão do Senhor, tanto que seus familiares, sabendo ser um local muito importante, construíram lá uma pequena cabana com uma cama de palha que pudesse ficar até a noite, durante sua estadia.

 Os Estigmas invisíveis.

 Durante seu primeiro ano de ministério sacerdotal, em 1910, enquanto rezava embaixo do olmo, Padre Pio recebeu os estigmas invisíveis. Em recordação a este fato é que se construiu naquele local uma capela. Em uma carta que escreve a seu diretor espiritual os descreve assim: "Em meio das mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho de um centavo, acompanhada de uma intensa dor. Também sob os dois pés sinto dor".

Estas dores na mãos e nos pés do padre Pio, são os primeiros indícios dos estigmas que foram invisíveis até o ano de 1918. Uma vez a dor que o padre Pio experimentou foi tão aguda, que sacudiu as mãos, as quais sentia que lhe queimavam.

Este tempo em seu povoado natal foi um período de grandes combates espirituais com o demônio, mas também de grandes consolos através de êxtase e fenômenos místicos, tanto interiores como exteriores, espirituais e físicos.

 O demônio aparecia-lhe de distintas maneiras. Algumas vezes até na aparência de animais, de mulheres bailando danças impuras, de carcereiros que o açoitavam e inclusive sob a aparência de Cristo Crucificado, de seu Anjo da Guarda, São Francisco de Assis, a Virgem Maria, também sob a aparência de seu diretor espiritual, seu provincial, etc. Mas, depois destes assaltos do demônio, era consolado com êxtases e aparições de Jesus, a Santíssima Virgem Maria, seu Anjo da Guarda, São Francisco e outros santos.

 No dia 12 de agosto de 1912 experimentou pela primeira vez a "chaga do amor". O padre Pio escreveu a seu diretor espiritual explicando-lhe o sucedido: "Estava na Igreja fazendo minha ação de graças depois da Santa Missa, quando de repente senti meu coração ferido por um dardo de fogo fervendo em chamas e eu pensei que ia morrer". Suportou o impacto da perfuração do coração e quase que uma vez por semana era submetido à flagelação e à coroação de espinhos. Se durante sua infância e novamente nos anos preparatórios ao sacerdócio, sua meditação constante era a Paixão do Senhor, que o fazia derramar muitas lágrimas, agora, não se tratava somente de meditar o sofrimento de Cristo, mas de vivê-lo na própria carne. E esse era apenas o início!    

 Por sete anos, padre Pio permanece fora do Convento, em Pietrelcina. Naturalmente, esta vida estava em contraste com a regra franciscana e alguns irmãos frades se queixaram disto. Foi então quando o Superior Geral da Ordem pediu a Sagrada Congregação dos Religiosos a exclaustração do Padre Pio. Foi um golpe muito duro para ele e em um êxtase se queixou com São Francisco de Assis.  A Congregação dos Religiosos não escutou a solicitação do Superior Geral e concedeu que o padre Pio continuasse vivendo fora do convento, até que estivesse completamente restabelecida sua saúde.

A prática de seus deveres, a memória de sua missão substituía o esforço do dever cumprido. Foram anos caracterizados por um cotidiano em que se alternavam as visões diabólicas e os estados de doçura. Resistiu a tudo isso até 17 de fevereiro de 1916,

 De volta à vida monástica do Convento.

 No dia 17 de fevereiro de 1916, o padre Pio saiu de Pietrelcina rumo a Foggia, onde os superiores o chamaram para dar um serviço espiritual. Padre Pio obteve tarde a possibilidade de confessar, que em geral é conhecida poucos dias após a ordenação sacerdotal, até mesmo em prévio exame de teologia moral. Em Pietrelcina, dirigia espiritualmente qualquer pessoa, que lhe era confiada por meio de correspondência postal. Será também esta, a direção espiritual através de cartas, uma das características do padre.

 Graças a as orações de Rafaelina Cerase, uma Senhora muito enferma e perto da morte, o padre Pio pode regressar definitivamente a vida comunitária.  Esta boa Senhora se ofereceu a Deus como vítima para que o padre pudesse ouvir confissões e com isso trazer grande beneficio às almas.

 Ainda que o padre nunca mais pudesse regressar a Pietrelcina, seu amor por ela nunca diminuiu. Durante a Segunda Guerra Mundial, o padre, referindo-se a seu povoado disse: "Pietrelcina será preservada como a menina de meus olhos".

E antes de morrer, falando profeticamente disse: "Durante minha vida tenho favorecido a São Giovanni Rotondo. Depois de minha morte, favorecerei a Pietrelcina.

 Em Foggia no convento de Santa Anna, como era chamada aquela comunidade capuchinha, Padre Pio não teve aquele grave distúrbio de vômito, que o impedia de ingerir os alimentos, o que o deixou feliz para, finalmente, viver em comunidade e conviver com a grande pobreza daqueles seus confrades.

 A permanência de Padre Pio em Santa Anna não foi totalmente pacífica. Apesar de muito agradar aos confrades, a presença do sacerdote dedicado à oração e ao mesmo tempo alegre e divertidíssimo na hora da recreação, ocorreram situações que o colocaram em grande confusão.  Freqüentemente, sobretudo à noite, escutavam murmúrio de vozes e pancadas que aterrorizavam os pobres frades. Padre Pio desculpou-se com o superior e deu-lhe a seguinte explicação: o demônio o tentava de todas as formas, mas ele lutava e vencia sempre. Porém ficava exausto, todo banhado de suor, e os confrades tinham que ajudá-lo a se trocar. Ele sempre permanecia sereno e tratava de transmitir, desse modo, sua serenidade aos outros.

 Primeira visita a São Giovanni Rotondo.

 No dia 28 de julho de 1916, o padre Pio chega a São Giovanni Rotondo pela primeira vez. San Giovanni Rotondo era então uma pequena vila na península do Gargano, rodeada por casas muito pobres, sem luz, sem água potável, sem caminhos pavimentados e sem formas de comunicação modernas, muito parecido à forma de vida nas vilas pequenas daquele tempo. O monastério se encontrava a uns dois quilômetros do povoado e para chegar a este, era necessário ir de mula. O monastério contava com uma pequena e rústica Igreja de Nossa Senhora das Graças do século XIV.

 De fato, o padre rapidamente se adaptou ao ar puro, tanto que foi pedir ao superior permissão para prolongar por mais tempo sua estadia; sentia-se razoavelmente bem

fisicamente, mas haveria ainda outras coisas, como Jesus lhe disse. É difícil saber se Ele revelou tudo o que haveria de acontecer em todo o resto de sua vida; certamente foi advertido que aquele era o local de seu apostolado.

 Ele se mostrava contente e os frades estavam bastante contentes com ele. Mas havia alguém a quem aquela adaptação não agradava. Em seu íntimo, foi travada uma tremenda luta. Sentia-se “exposto a Satanás”, que seguramente não havia querido vê-lo naquele lugar. Sentia-se assaltado pela tentação contra a fé, de tal maneira a escrever: “que mistério eu sou a mim mesmo!”. Deste modo, firme para guiar a alma, sentia-se e sempre se sentiu, por isso, fraco e inseguro com relação à sua pessoa.

 Não foi só o maligno a perturbar Padre Pio na aparente quietude de San Giovanni. Havia a Primeira Grande Guerra. Até o padre foi convocado a servir e, até 16 de março de 1918, a sua vida foi um sucessivo de viagens e retornos, de visitas médicas e de licença de convalescença. Foi para ele um período muito duro, pelo esforço físico ao qual foi submetido; mas também pelos comentários e comportamentos de seus companheiros; e, sobretudo, pela freqüente impossibilidade de celebrar a Missa. Em compensação, comoveu meio mundo por quem era impelido a sacrificar-se.

 No convento lhe foi dada uma particular missão:   Era diretor espiritual dos frades, todos, entregues ao frei. Padre Pio dedicou-se a eles com todo o seu empenho: lá, confessava, teve breve conferência espiritual, rezava por eles, lutava por eles contra o demônio e, conforme sua total generosidade se ofereceu ao Senhor, vítima, por eles. Mas logo começou uma nova função ao frei. Começou aumentar as pessoas em seu confessionário, tanto que em pouco tempo já tinha toda a manhã ocupada. Confessava, fazia direção espiritual e acompanhava as pessoas também por carta. A atormentá-lo, não era somente o demônio. O Senhor tinha para si aquele frei de desígnio especialíssimo, e se não lhe ensinava doçura espiritual, cada vez com mais profundidade, preparava-o sempre para desenvolver um sinal visível de Sua imagem.

 A Transverberação do Coração.

 De 5 a 7 de agosto de 1918, Padre Pio suportou quase ininterruptamente, o fenômeno chamado misticamente de transverberação. A transverberação é uma graça extraordinária que alguns santos como Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz receberam. O coração da pessoa escolhida por Deus é traspassado por uma flecha misteriosa ou experimentado como um dardo que ao penetrar deixa atrás de si uma ferida de amor que queima enquanto a alma é elevada aos níveis mais altos da contemplação do amor e da dor. O padre Pio recebeu esta graça extraordinária no dia 5 de agosto de 1918.

 Em grande simplicidade, o padre narrou a seu diretor espiritual o sucedido "Eu estava escutando as confissões dos jovens na noite do dia 5 de agosto quando, de repente, me assustei grandemente ao ver com os olhos de minha mente a um visitante celestial que se apareceu frente a mim. Em sua mão levava algo que parecia como uma lança larga de ferro, com uma ponta muito aguda. Parecia que saia fogo da ponta. Vi a pessoa fundir a lança violentamente em minha alma. Apenas pude queixar-me e senti como que se morresse. Disse ao menino que saísse do confessionário, porque me sentia muito enfermo e não tinha forças para continuar. Este martírio durou sem interrupção até a manhã do dia 7 de agosto.  Desde esse dia sinto uma grande aflição e uma ferida em minha alma que está sempre aberta e me causa agonia.

Em 9 de agosto de 1912, assim escreveu a padre Agostino:  “Sinto pois, meu padre, que o Amor me vencerá finalmente; a alma corre o risco de dividir-se do corpo pela razão que não posso amar Jesus o suficiente na terra. Sim, minha alma está ferida de amor por Jesus; sou doente de amor; experimento continuamente a dor de amar, aquele ardor que queima e não se consome. Sugeri-me o remédio para a atual estado de minha alma! Aqui está uma fraca imagem daquilo que Jesus opera em mim. À maneira de uma torrente que arrasta bruscamente na profundidade do mar todos que encontra em seu curso, assim a minha alma é aprofundada no oceano, sem demora, reencontrando o amor de Jesus, sem mérito algum meu e sem me dar razão”.

Em 12 de agosto deste mesmo ano:  “Estava na Igreja para fazer o agradecimento pela Missa quando, de repente, senti o coração ser ferido por um dardo de fogo, vivo e ardente, que pensei matar-me. Me faltam as palavras corretas para fazê-lo compreender a intensidade daquela chama: estou bastante impotente para poder expressar-me. Acredita? A alma, vítima desta consolação, ficou muda. Parecia que uma força invisível a submergisse toda naquele fogo... Meu Deus, que fogo!... Um segundo, minha alma já havia sido separada do corpo...

 

 

 

 




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