SALVAI ALMAS EM MISSÃO NO ESPÍRITO SANTO

       

Como eu viajara por via aérea e o meu embarque se daria um dia depois do retorno do grupo da VAN, tive um dia livre para conhecer os pontos mais visitados da Grande Vitória. Desde já agradeço de coração a generosidade da minha hospedeira – D. Josina – que se dispôs a ir comigo fazer as visitas, mesmo de ônibus. Foram 7 ônibus até o retorno à residência para o pernoite.

       A nossa primeira visita foi ao famoso Convento da Penha. Localizado no bairro mais antigo do município, é uma das mais belas e antigas construções do Brasil Colonial e, segundo dizem, o mais antigo Santuário do Brasil. Localizado a 154 metros de altitude, foi construído sobre um rochedo , em 1558 por Frei Pedro Palácios. Do seu alto é possível avistar Vila Velha, Vitória e parte de alguns municípios vizinhos. Nossa Senhora da Penha é a Padroeira do Estado do Espírito Santo. Em abril se celebra a sua festa com romeiros vindos de todos os lugares.

       Conta uma lenda que o Convento foi erguido depois que a imagem da Padroeira, inicialmente um painel de Nossa Senhora das Alegrias, trazida de Portugal pelo então Irmão Frei Pedro Palácios, sumira e foi encontrada pelos índios no alto do penhasco. Como o fato se repetira, Frei Pedro Palácios viu no fato a vontade de Nossa Senhora de permanecer lá no alto.

       Foi então que Frei Pedro resolveu construir um pequeno Convento quse no alto do penhasco, embora de difícil acesso.  Em 1562, foi construída uma capela, um pouco abaixo do cume do penhasco dedicada a São Francisco de Assis  no local hoje conhecido como largo do Convento.Consta que a capela foi totalmente destruída por um incêndio, mas entre os escombros foi localizada a imagem de São Francisco, não mais na sua cor original, mas inteiramente preto. Esta imagem ainda hoje pode ser vista numa capelinha no Largo do Convento.

       Somente em 1.568 foi edificada, no cume do penhasco, a capela que recebeu a imagem de Nossa Senhora da Penha, vinda de Portugal em 1.569. De lá para cá a capela sofreu várias ampliações e anexos até se tornar no imponente Santuário Mariano que do alto vela sobre a todo o Estado, especialmente a Grande Vitória.Terminada que foi a nossa visita e orações no Santuário, partimos imediatamente para o município de Serra para conhecer o famoso fenômeno das “formiguinhas bordadeiras”. Depois de mais alguns ônibus e já bastante cansados, chegamos ao local. Eis como podemos descrever, de modo bastante resumido, o fenômeno.

       Tudo começou no ano de 1981, quando uma imagem de Nossa Senhora da Penha – Padroeira do Estado -  teria vertido  lágrimas de sangue numa casinha modesta, habitada por agricultores e agora transformada em Museu.. Constitui-se então a Associação Nossa Senhora das Lágrimas, entidade particular, sem vínculo com a Diocese e nem com a Paróquia Nossa Senhora da Conceição da cidade de Serra.

       Desde 1996 as "formiguinhas bordadeiras" escrevem em folhas de árvore, usando o ferrão (há um pequeno quintal ao lado do Museu). Muitas folhas apareceram com figuras de Nossa Senhora, outras com ameaças de catástrofes. Mas, o importante é que a formiguinha nunca transpassa inteiramente o local da letra, deixando uma fina camada que pode ser vista contra o sol.

       Um representante do Vaticano já esteve no local fazendo uma pesquisa, mas até agora não houve nenhum pronunciamento a respeito. O Pe. Quevedo, famoso Parapsicólogo, afirma que se trata de um fenômeno natural, com o uso de açúcar ou mel, mas não explicitou como isto se produz ou quem o produz. A Igreja recentemente construída ao lado recebeu o nome de Nossa Senhora das Lágrimas. A imagem principal foi doada pelo Pe. Zezinho. Tanto a Associação como a capela não estão sob a jurisdição da Paróquia.

       A mentora espiritual da Casa de Maria é uma Senhora conhecida por Cidinha. Destacamos alguns tópicos de uma longa entrevista concedida por Cidinha ao Teólogo Mariano René Laurentin, da França:

 Palavras de Cidinha: Eu tenho manifestações de Nossa Senhora desde os seis  anos de idade. Ela não dava mensagens, mas, eu percebia que ela estava me preparando para uma missão. As manifestações se tornaram mais claras no ano de 1995 e já em l.996 as formigam começaram a ”bordar”, sempre com mensagens para eu executar. As mensagens eram quase sempre para eu atender a doentes ou fazer orações para determinadas pessoas.. Devo dizer que já houve muitas curas comprovadas e também conversões de pessoas. Também há muitas mensagens copiadas do Velho e Novo Testamento.

       De uns tempos para cá, diz Cidinha, as mensagens estão sendo dirigidas às mulheres que não cuidam bem dos seus filhos e de seus maridos. Os padres dizem que Maria não falaria só contra as mulheres. Mas, veja, quando estão entre quatro paredes, a mulher pressiona o homem e este, por mágoa, procura lá fora os delitos e os vícios.

 Fala Joceli R. Bezerra ao Pe. José Laurentin.

        Eu residia na casa quando os fenômenos iniciaram. A primeira folha foi uma cruz, desenhada pelas formiguinhas, que eu mesmo encontrei e ela aderiu ao meu pé. Foi uma folha de mangueira. Mais tarde, Cidinha manifestou o desejo de tornar a casa uma lugar sagrado, chamada Casa de Maria. Então, começamos a procurar outra residência para mim. Encontramos uma casa, do mesmo tamanho daquela eu tinha, a qual foi totalmente doada por voluntários. Sempre fui católico praticante e continuo sendo, participando da Santa Missa sempre que tem aqui na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.

 Observação: As citações acima foram recolhidas por PEDRO LONGO, de diversas fontes, inclusive da Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de Vitória (ES)

 Nossa Senhora das Lágrimas, rogai por nós, pela Josina e sua família.

 Vitória (ES), 22 de junho de 2010

 FOTOS: Link Galeria de fotos, na página inicial.

Como eu viajara por via a