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História dos Santos
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06/07/2014
SANTA MARIA GORETTI
Vida de Santa Maria Goretti



 
Introdução
Santa Maria Goretti nasceu em 1890, em Coriolano, Itália. Sua breve existência foi iluminada pela amizade com Jesus e por um terno amor a Nossa Senhora.
Após ter sido ferida mortalmente em uma tentativa de violência sexual, teve uma visão profunda do sentido da vida e da eternidade e perdoou seu agressor: “Eu o perdôo, por amor a Jesus, e o quero no Paraíso”. Isso deixa transparecer uma intensa vida de fé, esperança e amor como resposta à obra do Espírito, que fez dela uma obra-prima.
Faleceu em 1902, aos 11 anos, na cidade de Netuno, Itália. Em 1950, foi declarada santa por Pio XII. Por ter conseguido preservar sua virgindade até a morte, ela é considerada um modelo de pureza e doçura entre os adolescentes e jovens de hoje.
Perda do Pai
Ficou órfã de Pai aos nove anos, vítima de injustiças grandes e pequenas. Muitas vezes era incompreendida pela própria mãe, a qual ela amava do fundo de sua alma. Qual a sua reação? Confiança imensa no Pai: “Sobreviveremos, sobreviveremos…Deus vai nos ajudar”. (p.29)
Bons exemplos de Santa Maria Goretti
Estava sempre muito pronta para servir e amar a todos. Testemunha sua mãe: “Fazia as compras e fazia isso muito bem…Também cozinhava, e cozinhava bem”. (p.26)
Ela sempre ela quem ia para a horta, porque não se recusava. Servia-se sempre por último, após ter dado a porção de cada um. Quando sua mãe observava que ela comia pouco (e, naquele tempo, a fome era grande!), dizia: “Mamãe, come a senhora, pois precisa para trabalhar.”… (p.26)
Não escolhia a quem amar: amava a todos aqueles que Deus lhe havia posto no caminho. Sua mãe permanecia longo tempo em conversa com ela: combinavam o que devia fazer no dia seguinte. Mamãe Assunta muitas vezes ficava nervosa e tensa, e era capaz de recriminá-la e de maltratá-la…E Mariazinha acabava levando uma bronca imerecida. Ela, porém, “não ficava amuada comigo”, relembra a mãe. (p.27)
Mariazinha enfeitava, com flores do campo, o quadro de Nossa Senhora. Todas as noites rezava o terço com a família. Nos últimos tempos, o terço havia se tornado indispensável para ela Trazia-o sempre enrolado em torno do braço. Ia com prazer ao santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, embora tivesse que enfrentar quatro horas de caminhada. E no final de sua vida, já no hospital, faz este pedido afetuoso: “Levem-me para perto do quadro de Nossa Senhora”. (p.31)
Sua mãe confirma: “Todas as noites ela rezava um terço a mais, em sufrágio da alma de seu pai”. (p.32)
Sua mãe conta: “Nos últimos tempos, eu encontrava tudo pronto: ela preparava o almoço, voltava a lavar roupa, sem que ninguém a obrigasse. E fazia mil serviços necessários numa casa com tantas crianças: passava roupa, remendava, esfregava o chão com escovão, arrumava as camas, limpava os quartos, cuidava dos irmãozinhos”. Encontrava sempre mil pequenas ocasiões para servir. (p.50)
A piedosa menina teve a felicidade de receber..cinco vezes, em seu coração, o Deus do amor e da pureza: a primeira, em 6 de junho de 1901; a segunda, um pouco depois, no santuário de Nossa Senhora das Graças, protetora de Nettuno; a terceira, na Páscoa de 1902; a quarta, na igreja de Campomorto, e a quinta, na hora da morte” – como se lê nas Atas do processo informativo, folha 144, relatório de dom Signori, 28 de setembro de 1903. (p.53)
Mariazinha demonstrava uma maturidade humana extraordinária em seus relacionamentos. Foi uma filha respeitosa e confidente. À noite, remendava as velhas roupas da mãe. E esta afirma: “Ela me contava os acontecimentos do dia…Sempre, sempre, Maria me obedeceu. Tinha um caráter aberto, se abria comigo…Era muito afetuosa com o pai e comigo. Era corajosa e procurava inclusive encorajar-me quando me via angustiada”.
Ela também demonstrava ter uma grande capacidade de discernimento. Sabia ler os sinais de Deus na sua história e na de sua família, dispondo-se imediatamente a fazer a vontade de Deus. Assim, soube reagir à morte do pai com estas palavras, que foram as primeiras a serem registradas: “Mamãe, não fique preocupada…eu fico no seu lugar, tomando conta da casa”. De fato, ela “dirigia a casa” e “cuidava dos irmãozinhos”. (p.65)
Sofrimento e morte de Maria Goretti
Um dos seus sofrimentos foi o de não poder comunicar à mãe as tentações de Alexandre: “Querida mamãe, eu tinha vergonha e não sabia como dizer isso. Além disso, Alexandre jurou que me mataria… E acabou me matando do mesmo jeito”. (p.94)
Mamãe Assunta admitiu: “Se minha filha tivesse cedido à tentação e ainda estivesse viva, eu sentiria uma dor muito maior do que tê-la visto morrer a fim de permanecer fiel ao Senhor”. (p.34)
No nome de Jesus, feito obediente até a morte, todo joelho se dobra e todo mal é destruído. “Não faças isso, você vai para o inferno” – gritava para Alexandre. (p.52)
E, nos lábios, a doce invocação: “Jesus, Jesus…Deus, Deus, estou morrendo”. (p.52)
Mamãe Assunta afirma: “Quando vi que minha filha estava já no fim, beijei-a e ela também me beijou. Dei-lhe também para beijar o crucifixo e a medalha de Nossa Senhora, que eu trazia no pescoço”. (p.80)
Prisão e Conversão do agressor
Lá fora, a multidão, …prorrompe uma explosão de incontida indignação…a muito custo a policia consegue impedir o linchamento. Torna-se necessário aguardar a chegada da policia montada…Durante o interrogatório judicial, pergunta o magistrado:
-Alexandre, foi você que matou Maria Goretti?
-Fui eu, sim senhor.
-Por quê?
-Porque ela se recusou a satisfazer meus instintos.
É condenado a trinta anos de prisão. Vai cumprir a pena na cidade de Noto, na Sicília. Nos primeiros anos não muda coisa alguma: sempre o mesmo cinismo, o mesmo desprezo.
Maria Goretti dissera antes de morrer: Quero vê-lo perto de mim no céu. Um dia D. Baldini, bispo do lugar, vai visitá-lo. Alexandre recebe o prelado com ar de menosprezo. O Bispo senta-se ao seu lado:
-Como vai Alexandre?
-Muito mal.
-Sabe, Alexandre, eu vou tratar de tirá-lo daqui. Quero pô-lo em liberdade. O preso desanuvia a fronte:
-Deus o ouça. Sr. Bispo.
-Pois é. Enquanto isso, trago-lhe alguns livros e algumas revistas. Este aqui é a vida de Maria Goretti.
Trêmulo de emoção, abre o livrinho. Quer ver o que diz do assassino. Principia a ler por curiosidade e acaba lendo-o com arrependimento. A virtude daquela menina brilha agora intensamente para o seu coração. Sente quão hediondo fora seu crime. Alexandre chora: miserável que sou. Monstro. Eu sou um monstro!
Uma noite tem um sonho, que ele mesmo descreve: “Parecia-me estar num jardim cheio de lírios. De repente, vi aparecer Marieta; toda vestida de branco, colhia flores. Passava-as para as minhas mãos, dizendo: “Toma”. Eu as recebia e beijava com grande devoção, e elas se transformavam em chamas cintilantes. Pensei: Tenho esperança de salvar-me, pois tenho uma santa no Paraíso que reza por mim.”
Dias depois, Alexandre escreve ao Sr. Bispo: “Detesto e abomino um homicídio tão bárbaro, que hoje amargurado lamento, por saber que tirei a vida a uma pobre inocente, que até o ultimo instante quis conservar a sua honra, preferindo a morrer tão cedo, a render-se aos meus vis desejos, e cuja resistência me levou a dar um passo tão horrível, quão lamentável. Publicamente detesto minha vil ação e peço perdão a Deus, à infeliz e desolada família da vitima, pelo enorme pecado que cometi; e espero que também possa obter o perdão, a paz, e até as bênçãos da nobre extinta…”
Decorrem trinta e cinco anos do crime. Vésperas de natal de 1937. Dia de rigoroso inverno. Em Corinaldo, as famílias dos lavradores encontram-se nos estábulos, aquecendo-os ao calor dos animais.   Lá fora, um homem de 55 anos vai se arrastando vagarosamente. Malvestido. Meio curvo. Chega a casa de D.Assunta. Bate.
-Quem é?
-Alexandre Serenelli.
A velhinha de 70 anos, o cabelo branco, o rosto enrugado aparece.
-D.Assunta, perdoe. Pode perdoar-me?
-Como não perdoar? Perdoou o Senhor. Perdoou-lhe minha filha. Como não hei de perdoar eu?
No dia seguinte, D. Assunta e Alexandre Serenelli, lado a lado, recebem Nosso Senhor na mesa eucarística.
Alexandre recolhe-se ao convento dos Padres Capuchinhos de Ascoli Piceno. É religioso da Ordem Terceira de São Francisco. (Santa Mariga Goretti, Edições Loyola, p.67-69)
 
VISITA PASTORAL AO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS E SANTA MARIA GORETTI
 
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
 
Nettuno (Itália), 1 de Setembro de 1979
Caríssimos Irmãos e Irmãs
Num período ainda de relativo repouso e férias, encontramo-nos aqui esta tarde à volta do altar do Senhor, para celebrar a Eucaristia, meditando sobre o fenómeno, hoje tão importante, do Turismo, na nossa vida humana e cristã.
Com a melhor das vontades aceitei o convite de vir ao meio de vós, para ver-vos, ouvir-vos, trazer-vos a minha saudação cordial, manifestar-vos o meu afecto e Para orar convosco e reflectir sobre as verdades supremas, que devem ser sempre luz e ideal da nossa vida.Nesta praça de Nettuno, diante da igreja em que  repousam os restos mortais da jovem mártir santa Maria Goretti, à vista do mar, símbolo das mutáveis e às vezes tumultuosas alternativas humanas, oiçamos o que nos ensina a “palavra de Deus” que nos apresentam as leituras da Liturgia.
1. A “palavra de Deus” primeiro que tudo expõe a identidade e o comportamento do cristão.Quem é o cristão? Como deve comportar-se o cristão? Quais são os seus ideais e as suas preocupações?São perguntas de sempre, mas tornam-se muito mais actuais na nossa sociedade consumística e permissiva, em que sobretudo o cristão pode ser tentado a ceder à mentalidade comum; pondo em segundo lugar a sua requintada e heróica vocação de mensageiro e testemunha da Boa Nova.
— O apóstolo São Tiago, na sua carta, especifica claramente a identidade do cristão: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação. Por sua livre vontade é que nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que as primícias das suas criaturas (Tg 1, 17-18).
O cristão é portanto uma criatura de Deus totalmente especial, porque mediante a graça, participa mesmo da vida trinitária; o cristão é um dom do Altíssimo ao mundo: desce do alto, do Pai da luz.Não podia ser melhor descrita a admirável dignidade do cristão e também a sua responsabilidade.
— O cristão deve, por conseguinte, empenhar a fundo a sua vontade e viver com coerência a sua vocação. Diz ainda São Tiago: Recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas, almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós próprios (Tg 1, 21-22).
São afirmações muito sérias e severas: o cristão não deve atraiçoar, não deve iludir-se com palavras vãs, não deve enganar. A sua missão é extremamente delicada, porque deve ser o fermento na sociedade, a luz no mundo e o sal da terra.
— O cristão convence-se, cada dia mais, da dificuldade enorme da sua obrigação: deve ir contra a corrente, deve testemunhar verdades absolutas mas não visíveis, deve perder a sua vida terrena para ganhar a eternidade e deve tornar-se responsável também pelo próximo, para o iluminar, edificar e salvar. Mas sabe que não está só. O que Moisés dizia do povo hebraico, é imensamente mais verdadeiro do povo cristão: Não há nenhum povo tão grande que tenha a divindade tão perto de si, como o Senhor, nosso Deus, sempre pronto a atender-nos quando o invocamos (Dt 4, 7). O cristão sabe que Jesus Cristo, o Verbo de Deus, não só encarnou para revelar a verdade salvífica e remir a humanidade, mas ficou connosco na terra, renovando misticamente o Sacrifício da Cruz mediante a Eucaristia, e tornando-se alimento espiritual da alma e companheiro na estrada da vida.
Nisto se encontra o que vem a ser o cristão: uma primícia das criaturas de Deus, que deve manter pura e sem mancha a sua fé e a sua vida.
2. A “palavra de Deus”, por conseguinte, ilumina também o fenómeno do turismo.De facto, todas as realidades humanas são iluminadas e interpretadas pela revelação de Cristo, que veio salvar todo o homem e todos os homens. Também a realidade do turismo deve ser vista à luz de Cristo.
— Sem dúvida, o turismo é agora fenómeno da época e de massa: tornou-se mentalidade e costume, porque é fenómeno “cultural”, causado pelo acréscimo do conhecimento, do tempo livre e da possibilidade de movimento; e fenómeno “psicológico”, facilmente compreensível, dadas as estruturas da sociedade moderna: industrialização, urbanização e despersonalização, devido às quais sente cada indivíduo a necessidade de distensão, de distracção, de mudança, especialmente no contacto com a natureza; e é também fenómeno “económico”, fonte de bem-estar.
— Todavia, também o turismo, como todas as realidades humanas, é fenómeno ambíguo, quer dizer, útil e positivo, se dirigido e se dominado pela razão e por algum ideal; negativo, caso se transforme em simples fenómeno de consumismo, em frenesi, em atitudes alienantes e amorais, com dolorosas consequências para o indivíduo e para a sociedade.
— É por isso necessária também uma educação, individual e colectiva, para o turismo, a fim de que ele se mantenha sempre ao nível dum valor positivo de formação da pessoa humana, isto é, de justa e merecida distensão, de elevação do espírito, de comunhão com o próximo e com Deus. E pois necessária uma profunda e convicta educação humanística para o acolhimento, para o respeito do próximo, para a gentileza, para a compreensão recíproca e para a bondade; é necessária também uma educação ecológica, para o respeito do ambiente e da natureza. para o gozo são e sóbrio das belezas naturais, tão repousantes e elevantes para a alma sedenta de harmonia e serenidade; e é sobretudo necessária uma educação religiosa, para que o turismo não perturbe nunca as consciências e não abaixe nunca o espírito, antes, pelo contrário, o eleve, o purifique e o arraste até ao diálogo com o Absoluto e à contemplacão do mistério imenso que nos rodeia e atrai.Esta a concepção do turismo à luz de Cristo, fenómeno irreversível e instrumento de concórdia e amizade.
3. Por fim, neste local singular, somos convidados todos a olhar para a figura de Santa Maria Goretti. Não longe daqui, a 6 de Julho de 1902, deu-se a tragédia do seu assassínio, e ao mesmo tempo também a glória da sua subida à santidade mediante o martírio na defesa da sua pureza. Encontramo-nos junto da igreja a ela dedicada, onde repousam os seus restos mortais, e devemos parar um momento em silenciosa meditação. Maria Goretti, adolescente de apenas doze anos, manteve-se pura deste mundo, como escreve São Tiago, a custo mesmo da própria vida; preferiu morrer, antes que ofender a Deus.
“Não — disse ao seu violento assassino — É pecado! Deus não quer! Tu vais para o inferno”.
Infelizmente a sua fé não conseguiu deter o tentador, que depois, graças ao seu perdão e à sua intercessão, se arrependeu e converteu. Ela, caiu mártir da sua pureza. “Fortaleza da virgem — disse Pio XII —, fortaleza da mártir, que a juventude coloca numa luz mais viva e radiosa. Fortaleza que é ao mesmo tempo defesa e fruto da virgindade” (Pio XII, Discorsi e Radiomessaggi, IX, p. 46).
Maria Goretti, luminosa na sua beleza espiritual e na sua já conseguida eterna felicidade, convida-nos precisamente a termos fé firme e segura na “palavra de Deus”, única fonte de verdade, e a sermos fortes contra as insinuantes e envolventes tentações do mundo. Uma cultura voluntariamente antimetafísica produz logicamente uma sociedade agnóstica e neopagã, apesar dos esforços louváveis de pessoas honestas e preocupadas com o destino da humanidade. O cristão está hoje sujeito a uma luta contínua, torna-se, ele também, “sinal de contradição”, pelas opções que tem de realizar. Exorto-vos especialmente a vós, meninas: olhai para Maria Goretti. Não vos deixeis seduzir pela aliciante atmosfera criada pela sociedade permissiva, que afirma tudo ser lícito. Segui Maria Goretti. Amai, vivei e defendei com alegria e coragem a vossa pureza. Não temais transportar a vossa limpidez ao meio da sociedade moderna, como facho de luz e ideal.
Com Pio XII dir-vos-ei: “Corações ao alto! Acima dos pântanos infectos e do lodo do mundo, estende-se um céu imenso de beleza. É o céu que fascinou a pequena Maria; o céu a que ela quis subir pelo caminho único que lá conduz: a religião, o amor a Cristo e a heróica observância dos seus mandamentos. Salve, ó suave e amável Santa! Mártir da terra e anjo do céu, lá da tua glória volve o olhar para este povo que te ama, que te venera, que te glorifica e te exalta!” (Pio XII, Discorsi e Radiomessaggi, XII, p. 122-123).




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