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06/01/2011
A luta do Santo Cura Dars contra o demônio - Conclusão
À medida que o Cura d’Ars envelhecia, as obsessões diabólicas iam diminuindo em número e intensidade



A LUTA CONTRA O DEMÔNIO - CONCLUSÃO

 

Venha confessar-se!      Assim o fez docilmente o jovem conde e prometeu jamais tomar parte em uma diversão de tal modo qualificada e condenada.

 Algum tempo depois, de volta a Paris, encontrou-se em outro salão. Pediram-lhe que os ajudasse a “fazer girar uma mesa”. Sem mais rodeios recusou e mostrou-se inflexível. Os convidados decidiram afastar-se um pouco e o escrupuloso conde ficou só no seu canto. Mas, ao mesmo tempo, no interior da alma protestava contra tal brincadeira. A resistência da mesa foi tal, e tão inesperada, que o médium só pode dizer: “Não entendo nada. Deve haver aqui alguma força superior que paralisa a nossa ação”.

 Pela mesma época, o sr. Carlos de Montluisant, jovem capitão que morreu general de divisão retirado em seu castelo de Mansane (Drone), pode confirmar se de fato o Pe. Vianney conhecia ou não algo dos mistérios do além. Tendo ouvido falar das maravilhas de Ars, resolveu com outros três oficiais examinar minuciosamente o que lá se passava. Pelo caminho, os amigos combinaram que cada um faria uma pergunta ao Pe. Vianney. O capitão Montluisant manifestou sem rodeios que “não tendo nada a dizer, nada lhe diria”.

 Chegada a hora da entrevista, entrou na sacristia atrás de seus companheiros e bem decidido a manter-se calado, quando um deles, apresentando-o ao Cura d’Ars, disse: “Sr. Cura, eis aqui o sr. Montluisant, jovem capitão, de futuro, que deseja fazer-lhe uma pergunta”. Pego desprevenido, manteve-se, assim mesmo, em atitude correta e com certo acento de mofa disse: “Vejamos, sr. Cura, estas histórias de diabruras que dizem a respeito de Vossa Reverendíssima, são irreais, não é verdade?... São coisas da imaginação?...” O Pe. Vianney olhou fixamente os olhos do oficial e depois deu a resposta breve e incisiva: “Ah! Meu amigo, você já sabe algo sobre isto... Sem o que fez não o teria podido descobrir”. O sr. Montluisant guardou silêncio, com grande admiração de seus companheiros.  

 No caminho de regresso teve que explicar-se. Ou o Cura d’Ars tinha falado ao acaso ou... Mas que havia passado? O capitão foi obrigado a confessar que, estando em Paris cursando seus estudos, se tinha filiado a um grupo, na aparência filantrópico, mas que na realidade era uma associação de espíritas. “Certo dia, disse ele, ao entrar no meu quarto, tive a impressão de que não me achava só. Inquietado por uma sensação estranha, olho e busco por todos os cantos. Nada. No dia seguinte, o mesmo... Demais, parecia-me como se uma mão invisível me apertasse a garganta... Eu tinha fé. Fui buscar água-benta em São Germano l’Auxerrois, minha paróquia. Aspergi o quarto por todos os cantos e recantos e, a partir daquele momento, cessou toda impressão duma presença preternatural. Depois não pus mais os pés em casa dos espiritistas... Não duvido que o Cura d’Ars aludisse a esse acontecimento já distante”.

  Nenhum comentário se seguiu a esta explicação. Os oficiais mudaram de assunto.

 À medida que o Cura d’Ars envelhecia, as obsessões diabólicas iam diminuindo em número e intensidade. O espírito do mal, que não pode desalentar aquela alma heróica, acabou por desanimar-se a si mesmo. Pouco a pouco foi deixando a luta, ou melhor, Deus quis que uma existência tão bela e tão pura, aparentemente tão tranqüila, porém na realidade tão aflita, se extinguisse numa paz profunda.

 Desde 1855 até à morte, o Pe. Vianney não foi mais importunado de noite pelo demônio. E não obstante, o sono se lhe tornara quase impossível. Na falta do diabo, uma tosse persistente era o bastante para mantê-lo acordado. Apesar disso, continuava a passar horas intermináveis no confessionário. “Contanto que durante o dia durma uma ou meia hora, posso recomeçar o meu trabalho”. Essa hora ou meia hora, pasava-a no seu quarto, depois da refeição do meio-dia. Estendia-se sobre uma enxerga e procurava adormecer. Esse foi o tempo de que algumas vezes se aproveitou o demônio para ainda inquietá-lo. A senhorita Maria de Lamartine esperava certo dia, em companhia do sr. Pagés, que o Pe. Vianney saísse de casa. Tinha passado mais ou menos uma hora depois da refeição. “De repente ouvimos uns gritos e gemidos. É o diabo, disse-me o sr. Pagés, que faz das suas, e o bom do sr. Cura está disposto a enviá-lo para o seu lugar”.

 Finalmente, o maligno espírito não voltou mais e o Cura d’Ars viu-se livre, sem saudades, de um camarada de tal jaez. Na agonia o demônio não o perturbou, como se tem visto com outros Santos. Ainda antes de terminar a provação terrestre, o Cura d’Ars tinha infligido a satanás uma derrota definitiva. 

 (Mons. Francis Trochu, O Santo Cura d’Ars, Editora Lítera Maciel Ltda., Contagem: 1997, páginas 177 – 189, obra premiada pela Academia Francesa)

                               

 

             

 

 

 

           




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