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Cláudio fala
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07/04/2021
O Inferno
Porto Belo, SC, 02 de Abril de 2021



 

Como sempre, eu estava na Capelinha rezando.

Hoje, às cinco horas quando eu já havia feito algumas orações, o diabo se apresentou ao meu lado.

A principio até me conseguiu assustar, pois não esperava isso, mas em seguida me acalmei:

- Tu não me amedrontas mais! Eu já te conheço!

E numa rizada estrondosa de escárnio, com seus horrorosos dentes expostos, disse:

- Ainda vais me pagar!

Levantei-me e pus-me a abrir o Sacrário...

Saiu! Às pressas, quase correndo arrastando seu “rabo” liso, sem pelos que se afinava como uma agulha, mas que mais se parecia a uma centopeia ou sei lá qual onome daquela minhoca nojenta que às vezes a gente encontra no quintal.

Saiu rosnando, falando imprecauções, exalando ódio e fedor...Mas saiu.

A Capelinha passou a exalar novamente o perfume celeste!

- Até quando? Até quando meu Deus, eu terei de aturar isto?

- Até quando viveres! Mas sempre poderás vencê-lo!

- Sendo assim, eu gostaria de enfrenta-lo a fim de salvar um amigo meu!

- Teu amigo está condenado e já começa a pagar no inferno!

- Já? E não há nada que eu possa fazer? Ele é tão mau assim?

- Sua língua era má! Seus escritos eram muito maus! Brotavam de um coração que odiava e que ansiava por vingança enquanto, muito oportunamente, se fazia passar por bom...

- Jesus, tem como tirá-lo de lá?

 Eu sei que: “Se tu queres podes salva-lo!”

- Mas ele escolheu o caminho...

- Eu vou tirá-lo de lá, Jesus!

- Eu sei que não gostas de ver ninguém no Purgatórioe por isso lutas para libertar a todos, mas do inferno? Não podes tirá-lo de lá!

- Mesmo assim vou tentar! Ele é meu amigo, sabes? E meus amigos não podem sofrer.

E já às portas do inferno, disse ao guardião para abri-la. A resposta foi uma rizada estrondosa, sarcástica:

- Tu ainda não morreste!

- Não! E por isso tenho condições de salvar as pessoas!

- É verdade! Isto é verdade! Mas só entras se conseguires abrir a porta!

E percebi as fortes correntes atadas com cadeados que pareciam ter dois metros de espessura.

- De fato, ninguém pode entrar ali!

- Só se quiseres! Só se escolheres este caminho... Só se quiseres!

E num barulho ensurdecedor, a porta se abriu acompanhada da já conhecida risada sarcástica do porteiro, que se espalhava por planícies e montanhas fazendo que tudo estremecesse!

Entrei e já senti o ar fétido, o fedor de carne podre a se espalhar por todo aquele imenso e escuro ambiente.

E por toda parte – pelo chão ou sobre pedras – corpos descarnados, gritavam suas dores atrozes e seus desesperos por não poderem fazer nada que os pudessem aliviar.

E o barulho infernal, produzido como que, por latidos de cães raivosos, por rugidos de leões, por grunhidos de porcos, arrebentavam os meus tímpanos e o insuportável fedor da sujeiracausada por excrementos destes animais e dos condenados, atingia meu olfato fazendo-me quase desmaiar.

Além de berros e podridão comecei a ser esbofeteado, espancado, por várias vezes derrubado no chão e pisado por imundos pés que me pressionavam no intuito de me tirar as forças.

E quase conseguiram! Comecei a desfalecer! A fraqueza tomou conta de mim! O nojo tomava conta de mim!

- Vem cá – diziam alguns – vem ver as pessoas que conheceste e que na verdade, agora são monstros...

E as gargalhadas me atingiam como setas a arrebentarem a minha alma! E me lembrei da setaque um dia Nossa Senhora havia mencionado:

- És uma seta que aponta para o Céu!

E agora eu sabia: Ser seta não é fácil! É preciso ultrapassar as barreiras, seguir sempre em frente não desviando-se de modo nenhum da rota a fim de atingir o alvo!

Era então preciso seguir adiante.

Eu levantava, caia e me pisavam; levantava novamente e novamente caia e me pisavam...

- Se caíres, caia de joelhos! Me lembrei desta frase que ouvira a tantos anos e então pedi a ajuda do Céu!

Aos “trancos e barrancos”, eu caminhava...

- Vem ver os “amigos”, gritavam...

- Eu não quero ver os condenados, nem misturar-me com eles... Eu quero apenas seguir a Missão!

Eu seguia em frente, embora machucado, quebrado, flechado, apedrejado, escarnecido, quase em forças, cambaleante... Eu seguia em frente!

E logo me deparei com um alto-forno com uma caldeira a derreter o aço. Já de longe o calor era insuportável e o aço que caía lá na frente, derretido, também mostrava o calor impossível de se suportar.

Quiseram me colocar dentro da caldeira...

- Vocês não podem fazer isto comigo! Preciso cumprir a minha Missão!

- Não vais conseguir! Daqui ninguém sai vivo!

E me jogaram na fornalha incandescente, onde o aço se transformaria em liquido em brasa... ou brasa em líquido!

No momento em que me jogavam nos altos-fornos, tive tempo de dizer a Deus:

- Senhor, se minha alma tiver alguma utilidade, receba-a, por favor!

Um segundo depois, eu estava no meio do lamaçal de aço derretido... Intacto!

Levantei-me e pus-me a caminhar e surpreso, percebi: Os diabos e todos os que ali estavam faziam agora silencio total e suas bocas escancaradas e olhos arregalados demonstravam surpresa: Estavam estupefatos e inertes...

O silêncio era sepulcral eu mesmo não sabia o que estava acontecendo!

E logo em seguida vi o meu amigo que me olhava também com ares de surpresa sem saber o que acontecia, fascinado pela visão... Estendi as mãos a ele, mas sem dar atenção saiu correndo em direção à porta dizendo:

- “O alto-forno te purificou...te iluminou!

Nenhum demônio se movia! Nenhum dos condenados se movia! Todos me fitavam extasiados e como que, com medo e com uma certa reverencia!

Eu caminhei de volta a passos normais e pude ver o meu amigo de longe, quando já passava pela porta sem ser perturbado pelo porteiro. E eu também saí, passando diante do agora estupefato e inerte porteiro!

Destinei meus passos à casa do amigo e quando já estava próximo, alguém me veio ao encontro:

- Cláudio, teu amigo está morrendo! Está no último suspiro!

- Não! Ele não está morto. Agora vive... Com Deus! Amem?

(Não desejo mais ir ao inferno! Acho que não terei mais forças, mas também não poderei ver meus amigos ou familiares a caminho dele, pois isso me fariater que voltar para lá)

O inferno existe!

E os que escolheram tal lugar, agora não podem voltar atrás!

E quantos procuram o inferno!

Este meu amigo ainda não estava morto: Estava na sua última agonia! Chegando ao inferno!

Ao passar pelo inferno, percebi que muitos dos condenados que lá estavam, viveram sua vida fazendo o mal, e devo dizer ainda, mencionando uma palavra de um grande amigo nosso:

Há pessoas tão más, que até fazem coisas piores do que as que os demônios fazem!”

Amém!

Cláudio Heckert

 




MISSÃO SALVAI ALMAS
Cláudio Heckert, Confidente de Nossa Senhora, residente em Porto Belo, SC
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