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Santo Padre Pio
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31/12/1969
Biografia de Padre Pio de Pietrelcina - III
As lutas do Pe. Pio com o demônio



BIOGRAFIA DE PADRE PIO DE PIETRELCINA - III

 

As lutas do Pe. Pio com o demônio

 O demônio após ter sido expulso do paraíso por São Miguel e seu anjos e sendo precipitado na terra (Apocalipse 12, 7-12) continua existindo; o seu papel ativo, não pertence ao passado e nem é uma fantasia popular. O diabo continua ativo hoje mais do que nunca, induzindo os homens ao pecado e à perdição.

 Baudelaire afirmava justamente que a principal atividade de Satanás, nos tempos de hoje é fazer com que as pessoas não acreditem na sua real existência e, assim, não rezem e nem peçam a proteção do alto. Com o caminho livre o inimigo faz desastres na humanidade sem ser percebido e combatido. Mas Deus na sua infinita Misericórdia fez com que ele se mostrasse ao mundo revelando suas táticas de ataque sobre o homem como aconteceu com o padre Pio e outros santos.

 Pe. Pio travou “duros combates” em toda sua vida, mostrando à humanidade, o poder dado por Jesus aos sacerdotes em seu ministério sacerdotal sobre o inimigo, principalmente no sacramento da Confissão, na Santa Missa, nos exorcismos, libertando as pessoas do inimigo. Tais batalhas foram brigas sangrentas, como foi escrito em muitas cartas que Pe. Pio enviava aos seus diretores espirituais.

 As lutas entre Padre Pio e Satanás ficaram mais duras quando Padre Pio livrou as almas possuídas pelo diabo. Mais de uma vez, falou ao Padre Tarcísio de Cervinara que, antes de ser exorcizado, o diabo gritava: "Padre Pio você nos dá mais preocupação que São Miguel" e também: "Padre Pio, não aliene as almas de nós e nós não o molestaremos". O diabo submeteu Padre Pio à tentações em todos os sentidos.

  Padre Agostino confirmou que o diabo apareceu a ele de diferentes formas: "O diabo apareceu como meninas jovens que dançavam nuas, em forma de crucifixo, como um jovem amigo dos monges, como o Pai Espiritual, como o Padre Provincial, como Papa Pio X, como o Anjo da Guarda, como São Francisco e como Nossa Senhora. O diabo também apareceu nas suas formas horríveis, com um exército de espíritos infernais. Às vezes não havia nenhuma aparição, mas Padre Pio estava ferido, ele era torturado com barulhos ensurdecedores, cuspido etc. Padre Pio teve sucesso livrando-se destas agressões ao invocar o nome de Jesus.

 Uma noite de verão em que ele não conseguia dormir por causa do grande calor ouviu o barulho dos passos de alguém, que no quarto vizinho, caminhava para lá e para cá. "O pobre Anastásio não pode dormir como eu.", pensou Pe. Pio. " Quero chamá-lo, pois, pelo menos conversamos um pouco ". Ele foi até a janela e chamou o confrade mas sua voz permaneceu presa na garganta: no parapeito da janela vizinha, um monstruoso cão se apoiava. Assim contava o próprio Pe. Pio: “Vi horrorizado entrar pela porta um enorme cão feroz de cuja boca saia muita fumaça. Eu caí de bruços na cama e ouvi o que ele dizia: “É este, é este”!”. Ainda naquela posição vi a fera pular sobre o parapeito da janela e de lá lançar-se sobre o telhado da frente para em seguida desaparecer.

 Amor pela Santíssima Virgem

 Toda sua vida não foi outra coisa que uma contínua oração e penitência, aquela do Rosário sua predileta oração, assim como de muitos Papas principalmente João Paulo II, este consagrado a Maria (Totus Tuus - todo teu). Com esta oração não impedia que semeasse a seu redor felicidade e grande alegria entre aqueles que escutavam suas palavras, que eram cheias de sabedoria ou de um extraordinário senso de humor.

Através de suas cartas, ao confessor se descobrem indescritíveis e tremendos sofrimentos espirituais e físicos, seguidos de uma felicidade inefável derivada de sua íntima e continua união com Deus.

 Chegava a padre Pio uma multidão de peregrinos de todo o mundo e, além disso, recebia numerosas cartas pedindo oração e conselho. O Papa João Paulo II, em 1947, quando era um sacerdote recém ordenado foi visitar ao padre Pio e ficou profundamente impressionado por sua santidade.  Já sendo Papa visitou sua tumba.

  Os Dons extraordinários:

 Discernimento extraordinário: É a capacidade de ler os corações e as consciências dos penitentes.

 Profecia: Pode anunciar eventos do futuro.

 Curas: Curas milagrosas pelo poder da oração.

 Bilocação: Estar em dois lugares ao mesmo tempo.

 Perfume: O sangue de seus estigmas tinha fragrância de flores.

 Ierognosia: Padre Pio tinha poderes para reconhecer se um homem era um Padre e se os objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados.

 Estigmas: Recebeu os estigmas no dia 20 de setembro de 1918 e os levou até sua morte 50 anos depois (23 de setembro, 1968). Os médicos que observaram os estigmas do padre Pio não puderam fazer cicatrizar suas chagas nem dar explicação delas. Calcularam que perdia um copo de sangue diário, mas suas chagas nunca se infectaram. O padre Pio dizia que eram um presente de Deus e uma oportunidade para lutar, para ser mais e mais como Jesus Cristo Crucificado.

 O Ingresso no Noviciado de Morcone.

 Padre Pio sempre caminhou retamente, não permitindo-se luxos nem nada que lhe pudesse desviar de sua relação com Jesus.  Aos 16 anos de idade, Francisco havia adiantado o suficiente para entrar ao seminário; seria frade capuchinho. Ingressou na Ordem Franciscana de Morcone no dia 6 de janeiro de 1903.

 Além da dor de separar-se da família e de seu vilarejo, não desistiu do sonho de entrar para o noviciado mesmo diante da luta interior: teve uma “visão espiritual” através da qual compreendeu que sua vida religiosa seria marcada pela luta com aquele gigante; tanto que ficou claro este ser o único passo da grande missão para a qual Deus o chamava.

 Quinze dias depois de sua entrada, no dia 22 de janeiro de 1903, Francisco recebeu o hábito franciscano que está feito em forma de uma cruz e percebeu que desde esse momento sua vida estaria "crucificada em Cristo". Tomou, Além disso, por nome religioso, Frei Pio de Pietrelcina em honra a São Pio V. A Fraternidade Capuchinha na qual ingressou era uma das mais austeras da Ordem Franciscana e uma das mais fiéis à regra original de São Francisco de Assis.

 O início da vida religiosa do Padre Pio não foi brilhante. Excelente no comportamento, assim como na obediência, na jovialidade e no companheirismo, porém, freqüentemente estava doente e seus sintomas sempre tinham aspectos estranhos. No geral, era mais eficiente do que mais brilhante. E seus companheiros recordavam que ele, quando era interrogado, sabia sempre a lição. Mas testemunharam também que ninguém, nunca, o viu estudar.

  Também durante os anos de teologia, quem entrasse em sua cela surpreendia-o em oração. Não é que se recusasse a estudar; mas apenas abria o livro e rapidamente sentia-se absorto, pensando em Deus, pensando que era constante. É inútil procurar outro motivo: Padre Pio viveu pela oração; a oração era seu ar, sua vida. Já antes de entrar no convento estava sempre absorto em Deus, e assim continuou a ser, mesmo falando com as pessoas ou fazendo outras coisas também, sem se distrair.

 O jejum e a penitencia eram práticas habituais.  O frade Pio abraçou todas as formas de auto privação, comendo sempre muito pouco, em uma ocasião se alimentou unicamente da Eucaristia por 20 dias e ainda que fraco fisicamente se apresentava nas aulas com declarada alegria. "Sou imensamente feliz quando sofro, e se consentisse nos impulsos de meu coração, pediria a que Jesus me desse todo o sofrimento dos homens”.

 Com o passar dos anos, os distúrbios de saúde foram se agravando tanto que os médicos, percebendo serem inúteis os diversos tratamentos, decidiram que o frei fosse mandado a Pietrelcina, acreditando que sua saúde sofreria melhoras na terra natal. Não havia dúvida que o ar de seu vilarejo lhe faria bem, mas também se constatou um estranho sintoma, que ninguém jamais explicou e que foi um verdadeiro quebra-cabeça, mesmo para o Padre Pio e para seus superiores.

  A situação estava assim: em Pietrelcina, Padre Pio, devido à debilidade de saúde, não podia comer qualquer coisa e se sustentar; assim como estava antes, parecia que seu estômago rejeitava qualquer alimento, vomitava tudo, não podia deter nem mesmo uma colher de água; por isso os superiores sentiram-se obrigados a mandá-lo de volta à sua terra natal (Benevento); com dificuldades ia se colocando de pé, enquanto o distúrbio cessava (lentamente).

  A Primeira bilocação.

 Em 1905, apenas dois anos depois de haver entrado ao Seminário, o frade Pio experimenta pela primeira vez a bilocação. Rezando, acompanhado de outro frade no coro, uma noite fria de janeiro, ao redor das 11:00h da noite, se encontrou a si mesmo muito longe, em uma casa muito elegante na qual um pai de família agonizava no mesmo momento que sua filha nascia. Nossa Santíssima Mãe  apareceu ao frade Pio dizendo-lhe: "Encomendo esta criatura a teus cuidados; é uma pedra preciosa sem polir. Trabalha nela, faça-a brilhar o mais possível, porque um dia quero me adornar com ela". Ao que ele respondeu:  " Como pode ser isto possível se sou um pobre estudante, e todavia nem sequer sei se terei a fortuna de chegar a ser sacerdote? E se não chegar a ser sacerdote, como poderei ocupar-me desta menina estando tão longe?". A Virgem lhe respondeu: "Não duvides. Será ela quem virá a ti, mas a conhecerás de antemão na Basílica de São Pedro". Imediatamente se encontrou de novo no coro onde havia estado rezando minutos antes.

  Dezoito anos mais tarde esta menina se apresentou na basílica de São Pedro, agoniada e buscando a um sacerdote com quem pudesse confessar-se e receber direção espiritual. Já era tarde e a basílica ia fechar, olhou ao seu redor e viu a um frade entrar no confessionário e fechar a porta. A jovem se aproximou e começou a compartilhar seus problemas. O sacerdote absolveu seus pecados e lhe deu a bênção. A jovem em agradecimento quis beijar-lhe a mão, mas ao abrir o confessionário só encontrou uma cadeira vazia.

 Um ano depois, a jovem foi em peregrinação a São Giovanni Rotondo. Padre Pio caminhava por entre os peregrinos e ao ver a jovem entre eles, a chamou dizendo: "Eu te conheço, tu nascente no dia em que teu pai morreu", a jovem, surpreendida, esperou largo tempo para poder se confessar com o padre e acalmar suas inquietudes.

 Padre Pio a recebe no confessionário com estas palavras: "Minha filha, tens vindo finalmente; estou esperando tantos anos por ti!". A jovem ainda mais surpreendida lhe disse que ele estava equivocado, sendo esta a primeira vez que ela visitava São Giovanni.  Ao que padre Pio respondeu: "Tu me conheces, viste a mim no ano passado na basílica de São Pedro". A jovem se converteu em sua filha espiritual, obedecendo sempre a seus conselhos. Se casou e formou uma sólida e exemplar família cristã.

 De regresso a sua terra natal – Pietrelcina.

 Foram quase sete anos que Padre Pio passou em Pietrelcina, de 1909 a 1916, com um contínuo vai-e-vem, de um convento para outro, na esperança de poder se firmar, mas inutilmente. Apenas ficava um pouco melhor e os superiores se apressavam em mandá-lo a outro convento; mas, de repente, bastava qualquer distúrbio no estômago para que os superiores o mandassem de volta ao vilarejo. Podemos imaginar o imenso incômodo para Padre Pio, que desejava com toda a sua alma poder viver a vida conventual, e  sendo sempre forçado a abandoná-la; aumentava também o grande desafio de seus superiores, que não sabiam a que destinar aquele frade, que rapidamente adoecia, em qualquer lugar aonde o mandassem. Enquanto isso, como se desenrolava a vida do padre Pio? Muita oração, uma contínua meditação da dilaceração, da Paixão do Senhor, muitas lágrimas, ao ponto de lhe embaçar a visão.

 

 




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