salvaialmas


Obras Malignas
  • Voltar






14/05/2012
A realidade do maligno
Pe. Gabriele Amorth



 
A REALIDADE DO MALIGNO
Este livro foi publicado, doze anos depois dos acontecimentos (ocorridos em 1975), é um grito de alarme aos suficientes que tudo explicam por causas naturais. Revela uma realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que fizeram e do que planejam.
Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um homem de dores, e muito do que se diz refere-se àquela circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um horizonte de destruição e negrura, uma aposta de demolição e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O livro não perdeu a atualidade: antes a ganhou,   dada o sentimento do mundo que proclama  abertamente a morte de Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e eficácia inquietantes.
Os documentos no princípio e no fim desta obra, servem para mostrar que não se trata de uma história  fabricada por alucinados na Suíça.  É uma história real, verificável, inquietantes, misteriosa, que nos lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de Fátima:“Vão muitas almas para o inferno porque não tem quem reze por elas”.  Esse sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as instituições e a terra. Leiamos com atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias.
Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofrimento desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exagerado para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim?
Elevemos o nosso espírito  a Deus, numa oração profunda e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito Santo e... assim, com esta disposição, de entendimento aberto, comecemos a leitura.
 
PREFÁCIO
A MINHA EXPERIÊNCIA

(Testemunho do editor Bonaventur Meyer)
A par do grande número de casos de possessão, que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos os textos literários que através dos séculos dão testemunho de tais fatos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemunho desta realidade.
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água benta provocava uma imediata reação de repulsa.
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reações dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacramentos, a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim atormentadas tinham vindo, por sua livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre piedoso, “porque procuravam um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar”, como elas próprias me confiaram.
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me cicatrizes nos seus braços, e explicou-me que durante 25 anos consultara médicos e professores de Medicina, mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Padre, homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por causa do ataque da imprensa atualmente generalizado em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado público.
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno e mais vezes ainda o demônio,encontramos na Igreja atual Bispos competentes, professores de Teologia tolerantes, que negam a existência pessoal do demônio, e com ela, a existência do inferno e também a existência de todo o mundo Angélico.
 
SOBRE A POSSESSA.
A propósito da possessa que este livro refere, chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que no caso desta mulher e mãe se trata de uma alma reparadora, que desde os 14 anos é atormentada por pavorosos estados de angústias e períodos de insônia total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito permanências em clínicas. Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe deram alta, considerando-a como um caso inexplicável, um exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão de um modo inequívoco.
Após um exorcismo, que contou com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli Montichiari, em Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas danadas (pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações dirigidas à Igreja atual.
Tendo convidado vários Bispos e representantes da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa, para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e também o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, director clínico do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de grande experiência em tais fenômenos.
Depois do exorcismo de três horas, com muitas revelações saídas da boca da possessa antes e após o exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemunho, afirmando que no caso presente não se tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica apelida possessão.
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos, é continuamente atormentada até ao limite das suas forças. Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormentos causados pelos demônios que lhe perturbam o sono noturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, significam um martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendências atuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram os Sacramentos e recitam o Exorcismo.
Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da Divina Providência, tinha visitado a possessa e assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara gerações de Sacerdotes e também como teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, o cristão evangélico Pascal Jordan, qualificou-o como um dos filósofos e teólogos mais importantes da atualidade.
Sem tomar posição relativamente ao conteúdo das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo: “Relativamente à pessoa, estou convencido de que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata ou de uma doente psíquica, o que, aliás, já foi também confirmado por médicos especialistas. Os seus fenômenos de possessão, como eu próprio pude observar, dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade competente, impede uma verdadeira assistência espiritual, por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que reina a negação do espiritual”.
No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao número sempre crescente de pessoas, mesmo nas escolas superiores de Teologia, que negam a existência de satanás e dos Anjos. A esta atitude segue-se a destronização do Altíssimo.
Bonaventur Meyer
 
A VIDA POSSESSA
Embora a senhora em causa, devido ao seu estado de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui inteligência acima da média, compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por questões de espaço, abreviamos as descrições).
“Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lugar é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão das crianças na Congregação do Escapulário era solenemente festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz a minha mãe que eu, em bebê, chorava muito e dormia excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório.
Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a escola. Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresentavam qualquer dificuldade para mim.
O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro da água. As nossas conversas eram iguais às de qualquer criança desta idade. Também falávamos, às vezes, de assuntos de carácter religioso, do Céu, do inferno, do Purgatório.
Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse ato muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanhava os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os meus irmãozitos exigiam muito tempo e trabalho.
Depois da minha primeira Comunhão passei a ir quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, então, a sensação, quando lia o meu Missal negligentemente ou rezava menos, de que as graças eram menos abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques mais ou menos duros doutras crianças. Cochichavam que eu era uma “beata” e que queria ir para freira. Senti-me profundamente envergonhada mas, referindo-se ao fato, a minha avó disse-me: “Ora, não dês ouvidos às outras crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, é que Deus esteja contente contigo.”
Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam ornados de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha a impressão de que todos os que se encontravam estavam muito próximo do Céu.
 
ACEITAR A VONTADE DE DEUS
“Era o começo da insônia total e, o mais simples era aceitar a vontade de Deus. Mais tarde, compreendi que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem encontrar uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Receitou-me medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo depois, o médico mandou-me para o hospital”.
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, desde os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sendo essa atividade apenas interrompida pelos tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os dentes porque um médico pensou que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um sofrimento suplementar.
A Divina Providência deu-lhe então um homem sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, embora a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraquecida que nunca foi levada para clínicas e casas de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso inexplicável.
Injeções, eletrochoques e outros tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito:
“Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de fato registraram-se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de angústia eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compreender que o sofrimento, por maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido através desta noite.”
 
EXORCISMOS E REVELAÇÕES
Em 1974, sobreveio uma grave recaída. “A minha irmã levou-me a casa de um bom homem que já tinha prestado ajuda a muitas pessoas. Na sua presença, senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o tivesse movimentado. O homem disse de repente: 'Penso que a senhora está possessa. Em seguida, fui ter com um Sacerdote, que se mostrou muito cético, mas que apesar disso, fez um exorcismo. Então, ele declarou-me que todos os sinais indicavam que se tratava de possessão.”
Finalmente, depois de difíceis exorcismos e de muitas orações, um exorcista experimentando conseguiu romper a barreira. Depois de vários exorcismos, os demônios e as almas condenadas, com certos intervalos, foram-se revelando. Conseguiu-se mesmo uma libertação temporária, mas todos os demônios voltaram. Pediu-se a um Bispo para dar autorização a um exorcismo oficial e para tomar a responsabilidade. No dia 8 de Dezembro de 1975, cinco exorcistas obtiveram autorização para o Grande Exorcismo. Seguiram-se outros, de carácter mais limitado, em que estiveram presentes, no máximo, três Padres. As revelações feitas no decurso destes exorcismos pelos demônios, sob as ordens da Santíssima Virgem, são as que se encontram na presente obra.
 
SITUAÇÃO PRESENTE
Os pais confirmaram, em algumas frases escassas e sucintas, certas datas da vida da sua filha. Tanto eles como ela ignoram até 1974 a origem dos seus indizíveis sofrimentos. Tudo tentaram, quer através da Medicina, quer da Psiquiatria, para que a filha pudesse ter alívio e curar-se. Tudo em vão. Restou-lhes unicamente o caminho da oração.
O que mais impressiona na casa paterna é a simplicidade e o horror a qualquer idéia de maravilhoso e espetacular. A origem dos sofrimentos da filha é para eles inexplicável eentregam-se confiantemente à oraçãonuma submissão total à vontade de Deus. Os numerosos documentos, como cartas, registros gravados e fotografias tiradas durante os exorcismos, estão à disposição da Igreja, para uma investigação canônica.
A Divina Providência nem sequer permitia os seus amigos ou vizinhos se interessarem sobre o que estava a passar-se. A sua possessão só se manifesta na sua vida interior e, embora seja cruelmente atormentada durante noites inteiras, pode durante o dia desempenhar as suas tarefas domésticas.
Desde 1975 que não freqüenta a Igreja e é horrivelmente assediada pelos demônios, em diversas partes da Santa Missa, à benção ou quando se encontra em contato com relíquias ou objetos benzidos. Sempre que possível, é semanalmente visitada por um Sacerdote que lhe ministra os Sacramentos.
 
OS PLANOS DE DEUS
Os sofrimentos expiatórios que esta mulher aceita com tanta generosidade, a miséria interior que suporta e o total abandono em que vive, particularmente nos dias que se seguem aos exorcismos, em união com os sofrimentos de Cristo, com a sua agonia e abandono, decerto muito contribuirão para a salvação das almas. A grande preocupação desta alma reparadora é a de não entravar, por sua culpa, as revelações feitas ao nosso tempo, pelos demônios, sob as ordens da Rainha do Céu e da Terra, e não permitir assim que, por negligência e descuido, muitas almas, que poderiam salvar-se, sejam condenadas para sempre.
Pedimos a todos os leitores destas linhas uma oração muito especial por intenção desta alma tão sacrificada.
 
PADRE GABRIELE  AMORTH
Famoso Exorcista da diocese de Roma.
 
CONFISSÕES DO INFERNO 
AO MUNDO CONTEMPORÂNEO
 
Introdução aos exorcismos.
 
         Lamentavelmente temos que admitir que a grande maioria dos cristãos, há pelo menos três décadas, vem se tornando apóstatas da verdadeira fé e Religião que receberam de seus antepassados. Alguns por desinformação (falta da autêntica catequese) e outros por fraqueza e impiedade (julgaram e condenaram) terminaram se afastando da Igreja fundada por CRISTO (a única) e entregue a S. Pedro para conduzi-La (Mt. 16,18).
 
Além disso, também esta mesma Igreja (Católica Apostólica Romana), em nome de uma “abertura ao mundo” (inculturação) e de Sua conseqüente “modernização”, para adaptar-se aos “modismos correntes”, terminou, em sua grande parte, apostatando. E como isto se torna evidente? De muitas formas, dentre elas, a seguinte: A clara desobediência ao santo Evangelho, a autêntica Palavra viva de DEUS!
Exemplificando: Nos dias de hoje, a grande maioria dos eclesiásticos não acredita mais na existência do demônio! Os senhores bispos, de maneira quase geral, não nomeiam mais sacerdotes exorcistas em suas dioceses; o que é um dever de fé deles. E por que não fazem mais isso? A conclusão é lógica e cristalina: Porque não acreditam mais que exista, aqueles que deveriam ser expulsos, ou seja, os invasores (demônios).
 
         Vejamos sobre esse assunto o que nos diz o Padre Gabrielle Amorth, exorcista da Diocese de Roma, a diocese do Papa:
 
         - É dever dos bispos nomear exorcistas?
 
         Pe. Amorth: Sim. Quando um sacerdote é eleito bispo, encontra-se ante um artigo do Código de Direito Canônico que lhe dá autoridade absoluta para nomear exorcistas. A um bispo o mínimo que se pode pedir é que tenha assistido pelo menos a um exorcismo, dado que devetomar uma decisão tão importante.
         Infelizmente, não acontece quase nunca. Mas se um bispo se encontra ante uma solicitação séria de exorcismo – ou seja, feita não por um maluco – e não toma providências,comete pecado mortal. E é responsável por todos os terríveis sofrimentos daquela pessoa, que as vezes duram anos ou uma vida, e que teria podido impedir.
 
         - Está dizendo que a maior parte dos bispos da Igreja Católica está em pecado mortal?
 
         Pe. Amorth: Quando eu era pequeno, o meu velho pároco ensinava-me que os Sacramentos são “oito”: o “oitavo” é a ignorância. E o “oitavo” Sacramento salva mais que os outros sete juntos. Para cometer pecado mortal é preciso uma matéria grave, mas também o pleno conhecimento e o deliberado consentimento.
         Essa omissão de ajuda por parte de muitos bispos é matéria grave. Mas esses bispos são ignorantes: não há portanto deliberado consentimento e pleno conhecimento.
 
         - Mas a fé permanece intacta, isto é, permanece uma fé católica, se alguém não crê na existência de satanás?
 
         Pe. Amorth: Não. Conto-lhe um episódio: Quando encontrei pela primeira vez o Pe. Pellegrino Ernetti, um célebre exorcista que exerceu o ministério por quarenta anos em Veneza, disse-lhe:
         - Se eu pudesse falar com o Papa, eu lhe diria que encontro demasiados bispos que não crêem no demônio.
 
         Na tarde seguinte o Pe. Ernetti veio até mim, para me dizer que de manhã tinha sido recebido por João Paulo II.
         - Santidade, dissera-lhe, há um exorcista cá em Roma, Pe. Amorth, que se o visse Lhe diria que conhece demasiados bispos que não crêem no demônio.
         O Papa respondeu-lhe: - Quem não crê no demônio, não crê no Evangelho!
         Eis a resposta que Ele deu, e que eu repito.
 
         - Ou seja: a conseqüência é que muitos bispos e muitos padres não seriam católicos?
 
         Pe. Amorth: Digamos que não crêem numa verdade evangélica.
         Portanto, sendo o caso, eu os acusaria de propagar uma heresia. Mas fique claro que alguém é formalmente herege se é acusado de alguma coisa, e permanece no erro.
         Hoje, ninguém, pela situação que há na Igreja, acusa um bispo por não crer no diabo, nas possessões demoníacas e por não nomear exorcistas, porque não crê.
 
         Contudo, eu poderia dizer-lhe muitíssimos nomes de bispos e cardeais que logo que foram nomeados para uma diocese, tiraram à todos os exorcistas tal faculdade (de exorcizar); ou bispos que sustentam abertamente: “Eu não creio “nisso”, são coisas do passado” Por quê? Infelizmente porque houve a influência perniciosíssima de certos biblistas; e poderia citar-lhe muitos nomes ilustres (“doutores”... “teólogos modernistas”...). Nós que tocamos todos os dias o mundo sobrenatural, sabemos quem meteu a colher em tantas reformas litúrgicas... concluiu o Pe. Amorth.
 
         Portanto, a grande maioria dos bispos agindo assim, passam essa absurda incredulidade, não só aos sacerdotes, mas a todo o seu rebanho; os fiéis. Também por esse esfriamento na fé, não alertam mais os católicos para a maléfica ação dos inimigos da nossa salvação, e conseqüentemente para a gravidade do pecado, por eles inspirado. Com isso a proteção contra eles é abandonada, e as poderosas orações como as de São Miguel Arcanjo, São Bento e tantas outras, são esquecidas; assim como também a necessária freqüência ao Sacramento da Reconciliação (confissão).
 
         Todas essas importantes armas, nesse combate incessante, contra esses terríveis e pérfidos inimigos de nossa passagem por este vale de lágrimas, rumo aos Céus.
         Então, por via de conseqüência, absurdamente, terminam, com esse descaso, ajudando aos demônios, porque os mantém no estado que mais buscam, ou seja, o anonimato e o escondimento. E assim poderem agir, livres e impiedosamente, sem serem molestados.
         Se numa guerra, não se tem consciência do inimigo e de seu poder de fogo, todos se tornam presas fáceis.
 
         Porém, o mais grave é que com esses atos e omissões, desmentem e até traem o próprio SENHOR que os salvou e os constituiu em dignidade, pois ignoram as santas Palavras do Evangelho, quando elas afirmam claramente:
 
         “Em seguida, JESUS foi conduzido pelo ESPÍRITO ao deserto para ser tentado pelo demônio.
            Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se DELE e LHE disse: “Se és FILHO de DEUS, ordena que estas pedras se tornem pães.” JESUS respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da Boca de Deus” (Deut. 8,3).
            O demônio transportou-O à Cidade Santa, colocou-O no ponto mais alto do Templo e disse-LHE: “Se és FILHO de DEUS, lança-TE abaixo, pois está escrito: ELE deu a Seus Anjos ordens a Teu respeito; proteger-Te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o Teu Pé em alguma pedra.” (Sal. 90,11s). Disse-lhe JESUS: “Também está escrito: Não tentarás o SENHOR teu DEUS” (Deut. 6,16).
            O demônio transportou-O uma vez mais, a um monte muito alto, e LHE mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-LHE: “Dar-Te-ei tudo isto se, prostrando-TE diante de mim, me adorares.” Respondeu-lhe JESUS: “Para trás, satanás, pois está escrito: Adorarás o SENHOR teu DEUS, e só a ELE servirás” (Deut. 6,13).
            Em seguida, o demônio o deixou, e os Anjos aproximaram-se DELE para servi-LO” (Mt. 4, 1-11)
 
         “Pela tarde, apresentara-LHE muitos possessos de demônios. Com uma Palavra expulsou ELE os espíritos e curou todos os enfermos” (Mt. 8,16).
 
         “No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério vieram-LHE ao encontro. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali. Eis que se puseram a gritar: “Que tens a ver conosco, FILHO de DEUS? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava. Os demônios imploraram a JESUS: “Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos.” - “Ide”, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Neste instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas. (Mt. 8,28-32)
 
         “Logo que se foram, apresentaram-LHE um mudo, possuído do demônio. O demônio foi expulso, o mudo falou e a multidão exclamava com admiração: “Jamais se viu algo semelhante em Israel”. (Mt. 9, 32-33).
 
         “JESUS reuniu SEUS doze discípulos. Conferiu-lhes o Poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade.” (Mt, 10,1).
 
         “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça daí!” (Mt. 10,8).
 
         “E tu, Cafarnaum, serás elevada até o Céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os Milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.” (Mt. 11,23).
 
         “Mas, se é pelo ESPÍRITO de DEUS que expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de DEUS.” (Mt. 12,28).
 
         “Quando o espírito impuro sai de um homem, ei-lo errante por lugares áridos à procura de um repouso que não acha. Diz ele, então: Voltarei para casa donde saí. E, voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Vai, então, buscar sete outros espíritos piores que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí; e o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será a sorte desta geração perversa.” (Mt. 12, 43-45)
 
         “JESUS respondeu: “O que semeia a boa semente é o FILHO do homem. O campo é o mundo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do maligno. O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os Anjos. E assim como se recolhe o joio para jogá-lo ao fogo, assim será no fim do mundo, O FILHO do homem enviará seus Anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então, no Reino de seu PAI, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça.” (Mt.13, 37-43)
 
         Está aí irmãos, uma breve amostra da verdade, o demônio não só existe, como também é ardiloso e poderoso, principalmente para agir naqueles que o desconhecem e desmentem a sua existência; isso já é ação dele.
 
         Portanto, muito cuidado em dar ouvidos e seguir aqueles que atendem contra o Evangelho, pois esses se não fizerem à tempo uma sincera conversão, encaminham-se para aumentar o contingente dos cismáticos; não importa quem sejam ou que cargo ocupem na hierarquia da Igreja. Devemos seguir sim, e ser obediente, aos eclesiásticos que se mantiverem fiéis ao Evangelho em toda a sua totalidade e abrangência, e ao Santo Padre, o Papa Bento XVI. Cuidado para que não vos enganem!
 
         Pelo fato de que DEUS é Onisciente, Onipotente, Onipresente e PAI, sempre vem um socorro de Seus filhos e de Sua Igreja, mesmo, como tem acontecido nas últimas décadas, que tenha de se valer de sinais sobrenaturais, tais como Aparições de NOSSA SENHORA, Locuções interiores de JESUS e tantos outros sinais, como veremos a seguir:
 
         - Este episódio sobrenatural que transcrevemos, trata-se de uma seqüência de exorcismos que foram levados a efeito por uma equipe composta de oito Sacerdotes-exorcistas, cujos nomes elencaremos abaixo:
 
                   - Padre Albert d’Arx, Niederbuchisten
                   - Padre Arnold Egli, Ramiswil
                   - Padre Ernest Fischer, Missionário, Gossau
                   - Padre Pius Gervasi, OSB, Disentis
                   - Padre Karl Holdever, Pied
                   - Padre Gregor Meyer, Trimbach
                   - Padre Robert Rindere, CPPS, Auw
                   - Padre Louis Veillard, Cesneux-Péquignot
 
         Com exceção do Pe. Ernest Fisher, alemão, todos os demais são suíços.
         O Pe. Gregor Meyer foi citado, mas não participou dos exorcismos, porém conhecia muito bem a senhora que foi vitima da possessão, pois fora seu diretor espiritual durante algum tempo.
         Também não foram citados dois outros Sacerdotes, de nacionalidade francesa, mas que também participaram dos exorcismos.
 
         Alguns testemunhos importantes sobre o fato que se segue:
 
1. Padre Arnold Renz.
 
Devido ao empenhamento de um irmão espiritual da Companhia de JESUS, Padre Rodewyk, S.J. acedi a um convite para me deslocar à Suíça, onde, juntamente com outros Padres, fiz cinco exorcismos, seguindo o método de S.S. Leão XIII.
 
De acordo com a minha experiência nestes assuntos, estou convencido de que, no presente caso, se trata de possessão e que as revelações feitas pelos demônios, resultam do comando e da coação evidente de um Poder Superior. Isso não impede que os demônios resistam continuamente a essa imposição. O calvário extremamente doloroso da possessa, desde há vinte e quatro anos, a sua aceitação dos sofrimentos enviados por DEUS, as muitas orações de um grande número de pessoas e o conteúdo das revelações feitas, são garantias de que elas foram desejadas por DEUS e por MARIA, MÃE da Igreja.
 
Naturalmente que todas as comunicações sobre a verdadeira doutrina da Igreja e a sua situação atual, tem que ser examinadas.
A oposição levantada contra as revelações presentes, denuncia a vontade destruidora dos demônios. O conteúdo tem como objetivo uma sólida renovação da Igreja. Aliás, não é a primeira vez que DEUS e a Santíssima Virgem se manifestam à Igreja através dos demônios, como prova a conhecida Obra “Sermões do demônio”, de Niklaus Wolf Van Rippertschwand.
 
Quem é Pe. Arnold Renz da ordem dos Salvatorianos (SDS)?
Nasceu em 1911 e foi ordenado Sacerdote em 1938, na cidade de Passau.
De 1938 a 1953 Foi missionário em Fuklen (China);
De 1954 a 1963; Pároco em diversas Paróquias e diretor espiritual de institutos religiosos;
De 1965 a 1976; Pároco em PueckSchippach St.Pius, em Spessart, Diocese de Wurzburg. Foi encarregado pelo Bispo Stangel, de Wurzburg, do famoso caso de possessão de Ameliese Michel, em Klingenberg. Após, retornando a referida Paróquia.
 
2. Johannes Denkenger. (Teólogo)
 
     “Depois de uma leitura crítica das revelações; depois de ouvir algumas das gravações; depois de uma visita à mulher em questão, só me resta declarar o seguinte: “Estou absolutamente convencido da autenticidade das revelações aqui publicadas. Eu e a minha teologia moderna temos de nos render perante uma humildade tão grande, como a que ressalta dos textos.”
 
3. Antes de abordarmos os exorcismos, vamos nos socorrer novamente no Pe. Gabrielle Amorth:
 
- Quantos casos de possessão demoníaca encontrou?
 
Pe. Amorth: Depois dos primeiros cem casos, desisti de contar.
 
- Qual o caso mais difícil que encontrou?
 
Pe. Amorth: Estou tratando dele agora; e já faz dois anos. É a mesma jovem que foi abençoada (não foi um exorcismo), pelo Papa (João Paulo II), em outubro, no Vaticano, e que causou sensação nos jornais. É atingida 24 horas por dia, com tormentos indescritíveis. Os médicos e os psiquiatras não conseguiam entender nada. É plenamente lúcida e inteligentíssima. Um caso realmente doloroso.
 
- Durante o exorcismo de possessos, que tipo de fenômenos se manifestam?
 
Pe. Amorth: Lembro-me dum camponês analfabeto que durante o exorcismo me falava só em inglês; e eu precisava dum intérprete. Há quem mostra uma força sobre-humana, que se eleva completamente da terra e várias pessoas não conseguem mantê-lo sentado. Mas é só pelo contexto em que se desenvolvem que falamos da presença demoníaca.
 
- Ao Sr. O demônio nunca fez nada de mal?
 
Pe. Amorth: Quando o cardeal Polleti me pediu para ser exorcista, encomendei-me a NOSSA SENHORA: “Envolvei-me no Vosso Manto e estarei seguríssimo.”
O demônio fez-me tantas ameaças... Mas nunca me causou dano algum.
        
- O Sr. não tem medo do demônio?
        
Pe. Amorth: Eu, medo daquele estúpido? É ele que deve ter medo de mim: eu ajo em Nome do SENHOR do mundo! E ele é só o macaco de DEUS.
 
         Algumas observações e esclarecimentos, 
antes de lermos os exorcismos:
 
         Os demônios são forçados pelo Céu a falar, logicamente nunca seria de suas vontades admitir e esclarecer a verdade, sobre a Igreja e a sua situação atual; de tal modo que as suas declarações contrariam o seu reino e favorecem o Reino de CRISTO. No seu ódio, os espíritos infernais evitam, na maior parte das vezes, pronunciar o Nome de MARIA, da Bem Aventurada, da Virgem ou da MÃE de DEUS. Referem-se à Virgem Santíssima como:
 
         “ELA lá em Cima”; também não dizem: “MARIA assim o quer...”; mas “ELA quer...”; “ELA manda dizer”. Do mesmo modo rodeiam, de diversas maneiras, o Nome de JESUS e da SANTÍSSIMA TRINDADE. Muitas vezes as suas palavras com um gesto do dedo da possessa, apontando para Cima ou para baixo.
 
         Quando os demônios exigem orações, por exemplo, quando dizem que é necessário recitar uma oração, ou orações, antes de falarem, é claro que este pedido não resulta de um desejo do inferno, mas do Céu, que o exprime por intermédio dos demônios. Durante as revelações feitas por sua boca, a possessa foi violentamente atormentada por dificuldades em respirar, convulsões, perturbações cardíacas e crises de sufocação. Daí o caráter, muitas vezes, irregular das frases.
 
Como esses exorcismos contrariavam o inferno, os demônios recusaram-se, muitas vezes, em continuar a falar. Além disso, punham objeções diversas, rosnavam, gritavam, troçavam, e cinqüenta por cento desses apartes foram omitidos, por questões de brevidade e simplificação. No conjunto , a luta foi muito mais dura e prolongada do que o leitor possa imaginar. É preciso ter isto bem presente, para não cometer-se o erro de pensar que estas graves revelações foram obtidas facilmente.
 
         Observemos o que afirmou Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, em seu livro “Adeus ao Diabo?”, de 1969, na página 48: “O exorcismo, sobre um mundo ofuscado pelos demônios, pertence inseparavelmente à Via Espiritual de JESUS, e coloca-se no centro da SUA Mensagem e na dos SEUS DISCÍPULOS.”

 

PADRE GABRIELE  AMORTH
As Revelações Através dos Padres Exorcistas
 




MISSÃO SALVAI ALMAS
Cláudio Heckert, Confidente de Nossa Senhora, residente em Porto Belo, SC
Rua Maria Ramos Guerreiro 104, Vila Nova - CEP 88.210-000

Site: Missão Salvai Almas
Facebook:http://www.facebook.com/salvaialmasoficial
Youtube:http://www.youtube.com/user/SalvaiAlmasOficial
Apoio: Rádio e TV Auxiliadora


Artigo Visto: 3781

ATENÇÃO! Todos os artigos deste site são de livre cópia e divulgação desde que sempre sejam citados a fonte www.salvaialmas.com.br